quarta-feira, 20 de maio de 2009

Emptiness

A necessidade do reconhecimento é uma das características básicas da relação discípulo-mestre. Ela mostra basicamente que o discípulo não está pronto. Se estiver, isso não mais importa, pois há a percepção de que não há quem reconheça nem ninguém para ser reconhecido...

Há uma estória atribuída a Bodhidharma, sobre isso:
“Uma vez um discípulo veio a Bodhidarma e disse:
- Mestre, você me disse para estar vazio. Agora eu me tornei vazio. O que mais você me diz?”
Bodhidarma bateu forte com seu bastão na sua cabeça e disse:
- Vá e jogue fora este seu vazio!”

Poder de síntese, não? Se alguém diz “eu estou vazio” o “eu” está ali e o “eu” não pode ser vazio, pois vazio é a ausência de qualquer “eu”. Vazio não pode ser reivindicado! Não há como dizer ”eu estou vazio”. Não há como o vazio reivindicar a vacuidade! O dizer nasce do sentir e o sentir dá nascimento ao ego. É uma espiral, novamente e novamente. Na verdade, o ego sempre quer ser especial. Ser especial é uma das suas armadilhas. Nesta armadilha caem os discípulos que vêm seu mestre como o melhor de todos, defendendo essa idéia com a própria vida. Ou os discípulos que consideram a si mesmos especiais, entre todos os demais discípulos. De comum um fato: a discipularidade.

Então, ser vazio, mas não pensar que é vazio. Ser qualquer coisa, mas não pensar que é qualquer coisa. Apenas ser, algo realmente especial e difícil... -J
(Deva)

3 comentários

pensar disse...

Oi querido Deva,

Ainda estou no primeiro estagio, o deslumbrar-se com o silencio, e quando tu saca que esta fazendo isso que tu acabou de escrever.... o negocio eh rir e voltar para onde nunca deveriamos ter saido.
Facil e dificil
Bjs Mari

Daniella disse...

É isso aí, uma grande gargalhada é o que resta...

fatah disse...

Um brinde ao vazio, isso é tudo de bom....

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