segunda-feira, 4 de maio de 2009

Pingos de Chuva

“... um dia, olhando para a chuva percebi que os pensamentos são exatamente como os pingos da chuva caindo. Os pingos nascem em algum lugar e desaparecem em outro. Mais tarde, voltam novamente. Nunca serão os mesmos, apesar de usarem a mesma água para existirem. Assim são os pensamentos. Eles existem, nascem em algum lugar, são percebidos e retornam para o mesmo lugar de onde vieram. Assim como os pingos da chuva, nascem na mesma origem. São inofensivos em si, mas podem se transformar numa grande força. Os pingos necessitam de uma força externa a eles para se transformarem em algo poderoso, como a tempestade. Os pensamentos necessitam desta mesma força externa a eles: que algo acredite e lhes dê validade. Um pingo d’água seca ao sol quando a ele exposto. Um pensamento se desmancha quando observado da forma como ele realmente é. Os pensamentos lhe dizem muitas coisas. Você acreditar nestas coisas é acreditar que pensamentos respiram, pensamentos fazem seu coração bater ou que até mesmo fazem a chuva cair. Observe bem e verá que todas estas coisas acontecem a seu próprio tempo sem a necessidade de serem pensadas. Faça um pouco mais: tente ficar um tempo sem pensar. Se conseguir, olhe e perceba que o que fez os pensamentos não acontecerem foi apenas um outro pensamento: o pensamento de evitar pensamentos. Não há nenhum mal nos pensamentos. Nem um bem. Há algum mal nas nuvens no céu? Elas aparecem e logo são levadas pelo vento. Perceba onde as nuvens aparecem e desaparecem. É onde os pensamentos aparecem e desaparecem. Onde seu corpo, as montanhas, os rios, os animais e as florestas aparecem e desaparecem...
(White Goose)

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